O vento não se prende a lugar algum, sempre indo e vindo em rodopios tão suaves quanto os passos de uma bailarina.
Uma hora aqui, outra acolá... e assim vai, eternamente seguindo seu destino.
Vento que nunca é barrado, sempre tomando em seus braços o que vê em sua frente.
Brisa que vira páginas do livro de uma vida, escrevendo sua versão da história.
Abrindo e batendo portas e janelas, como uma pequena criança travessa.
Mas de criança o vento só tem a eterna inocência, pois sua grandeza silencia o mais valente dos mortais.
Por vezes ventania destruidora, por outras, um beijo de seda em meu rosto.
Vento que talvez saiba os segredos dos quatro cantos do mundo.
Já viu paz, guerra, tristeza e calmaria no semblante de milhares de vidas que cruzaram seu caminho.
Vento que enxuga a mais dolorosa lágrima, que leva pra longe as nuvens de algodão...
E que se curva com seu silêncio a minha solidão, mas nunca deixando de me acolher por dentre seus sopros sem fim.
Por: Isabela Oliveira (Menina Colombina)